Um Supremo Poder e Sabedoria rege o Universo. A inteligência Suprema é Infinita e penetra o espaço ilimitado. A Suprema Sabedoria, Poder e Inteligência está em tudo quanto existe, desde o átomo até os astros.
Ela existe mais do que todas as coisas. A Inteligência Suprema é todas as coisas e constitui cada átomo da montanha, do mar, da arvore, da ave, do animal, do homem e da mulher.
Nem o homem nem os seres que são superiores podem conceber a Sabedoria Suprema, mas o homem receberá sempre com alegria profunda os vislumbres da luz e da Inteligência suprema que lhe permitirão trabalhar para a sua felicidade final, ainda que sem compreender nunca todo o mistério dela.
Não há mais do que um só espírito, um só poder, uma só força no Universo.
Se juntarmos todas as nossas forças espirituais, teremos reunido e concentrado todo o nosso poder, o qual podemos desta maneira, dirigir sobre as coisas ou lugar que nos aprouver.
Quando dirigimos o nosso pensamento para qualquer coisa exterior, emitimos força, e quando concentramos num só objeto e, deste modo, o retemos e evitamos a sua divagação em todo momento, aumentamos as nossas forças.
O nosso espírito é a nossa força real e positiva. Quando erguemos um peso, pomos toda a nossa força no músculo que o levanta. Ao fazermos um esforço qualquer, pomos nele a maior parte de nossa força espiritual ou talvez toda.
E se naquele momento uma parte de nosso espirito toma outra direção, ou se, enquanto levantamos aquele peso, alguém nos fala ou qualquer coisa nos assusta e importuna, é certo que uma parte de nossa força nos abandonará.
Temos sido educados no péssimo costume de dispersar e malgastar as nossas forças, até converter isso em hábito inconsciente e involuntário. É assim que cada vez mais, o espírito acha maior dificuldade de reunir-se e recolher-se a si mesmo.
Se o nosso espirito adquire o habito perigoso de empregar-se em muitas coisas ao mesmo tempo, não poderá, logo – falta de energia de concentração – abandonar o corpo quando isso é necessário, e durante a noite, destinada ao seu próprio descanso, fará uso das suas forças como faz durante o dia.
De noite o espírito está fraco, porque no decorrer do dia, as suas forças pensantes se irradiam em tantas direções diferentes que já não pode reuni-las.
O que chamamos sonhos são verdadeiras e positivas realidades. O nosso espirito deixa o corpo durante a noite, e anda e vê pessoas e lugares, em alguns ou muitos dos quais nunca esteve o nosso corpo.
Não existe vácuo algum entre o que chamamos o mundo material e o mundo espiritual. São constituídos ambos por substancias ou elementos em graus diversos de sutileza, fundindo-se imperceptivelmente um ao outro. O nosso espírito, invisível e impalpável, faz emanar continuamente de nós um elemento de forças tão real como a corrente de água que os nossos olhos materiais veem ou como a corrente elétrica que nossos olhos não veem.
O estado de inteligência que prevalece em nós, ou por outra, o caráter do nosso espírito, é o que conforma o nosso corpo e acaba por dar-lhe os traços distintivos, tornando-nos odiosos ou amáveis, repulsivos ou atraentes para os outros.
Sob o ponto de vista espiritual e neste mundo presente, todos nós constituímos uma só unidade, e não somos mais do que forças que atuam uma sobre as outras, para o bem ou para o mal, enchendo aquilo que nossa ignorância chama o vácuo do espaço.
Uma hora de irritação ou de mau humor, tenha sido expresso ou não em palavras, gasta uma parte das nossas forças, sem benefício para nós nem para ninguém, criando talvez, pelo contrário grandes inimigos.
Destarte, tornar-nos capazes de deitar fora de nós mesmos – esquecer - um pensamento ou uma força que há de nos prejudicar-nos, é meio importantíssimo para ganharmos força corporal e clareza de inteligência.
O Aprender a esquecer é tão necessário e benéfico como o aprender a recordar.
Ser capaz de esquecer ou saber olvidar é o mesmo que saber lançar fora de nós as forças invisíveis que nos hão de causar prejuízo, convertendo-as em outra ordem de forças que nos podem ser uteis.
Toda ideia nova é um elemento novo de vida e vem renovar as forças da existência.
A corrente constante de novas ideias traz sempre consigo novo poder.
Nas elevadas esferas da inteligência humana estão sempre aqueles que, alegres e satisfeitos, confiam em seus futuros triunfos e grande felicidade.
Sabem também que cada um de seus projetos, enquanto observarem a Lei, obterá êxito completo, de maneira que a sua existência não é mais do que uma constante sucessão de triunfos.
O corpo de certas pessoas decai e perde o vigor porque elas estão sempre pensando numa mesma série de ideias.
Um grande poeta, um artista, um escritor, um general, todo homem enfim, que muito se distingue numa ordem qualquer da vida, pode em boa parte, dever a sua grandeza a inspirações de inteligências invisíveis que ditam a sua obra, tornando-o não o seu verdadeiro autor, porém, sim, seu intérprete e nada mais.
Cada indivíduo vem a ser uma espécie de globo de cristal que reflete a luz segundo a cor de que o globo foi pintado.
Todo azeite que alimenta nossa lâmpada pode vir desta mesma e única fonte. Numa série, portanto de lâmpadas, os raios luminosos que despendem serão de tão diversas cores quanto de diferentes cores estiverem pintados os globos que lhes refletem a luz. Também numa série de pessoas diferentes, ainda que estejam iluminadas pelo mesmo espírito, cada uma delas refletirá, entretanto, esse espírito conforme sua própria individualidade.
Podemos ser criadores e originais, mesmo absorvendo a luz de outro espírito, pois lhe damos uma expressão própria e especial.
E desta combinação do seu espírito com o nosso, resulta um elemento novo, nasce uma arte original, que é a nossa própria arte. Os nossos mais puros objetivos e pensamentos, os nossos mais generosos propósitos, as nossas ideias mais originais e surpreendentes, são o resultado dessas rapidíssimas combinações.
Necessitamos mesclar-nos e simpatizar com toda classe de homens e ocupações para que chegue a nossa própria concepção de vida a caracterizar-se por uma grande e forte originalidade.
Sendo a ideia uma substancia invisível, é esta absorvida por nós. Absorvendo pois, as ideias dos outros homens, misturamo-las com as nossas próprias. Desta forma, senão em tudo pelo menos em parte, pensamos o mesmo que os outros pensam, e vemos, sentimos e julgamos e formamos opinião de acordo com a dos outros homens, que mais ou menos exercem em nós a sua influência, obedecendo inconscientemente a sua indução ou instigação, desde o momento em que a sua inteligência ou o seu espírito se mesclou ou confundiu com o nosso.
O caráter e as qualidades do nosso espirito são influenciados e, as vezes modificados mais ou menos extensamente, por cada uma das pessoas com as quais nos pomos em relação, pois nosso espirito se mescla com o delas e forma uma combinação nova.
O olhar da mulher, em todas as situações da existência, será sempre mais límpido, lúcido e perspicaz do que o do homem, assim como o homem terá sempre mais poder para a exteriorização da ideia que deve à clara previdência da mulher. Para cada poder especial que o homem possui, existe uma clarividência feminina, que indicará onde e como há de ser exercido esse poder. Essa clarividência está predestinada a completar a força do homem, e quando estes dois elementos vivem e operam juntos, como se dará um dia, então se pode dizer que existe o verdadeiro casamento.
A força da mente feminina é um complemento absolutamente necessário a força da mente masculina.
No mais elevado reino da existência, onde estes dois elementos, o masculino e o feminino, na forma de um homem e de uma mulher, compreendam suas verdadeiras relações, a união desses dois espíritos produz tal soma de poder, que dificilmente o compreende a nossa débil inteligência humana, pois nestes domínios da existência, todo pensamento, toda ideia, toda aspiração se converte numa realidade.
O homem ou a mulher que mais se vos assemelha em gostos, tendências e hábitos mentais e a quem vos sentis mais atraído, pode não ser vosso irmão, irmã, primo ou parente por qualquer consanguinidade. Contudo, essa pessoa é, para vós, uma relação muito íntima.
As relações físicas ou de sangue em pouca ou nenhuma ação sobre as relações reais ou mentais. É possível para um de vossos irmãos ou pais viver em relação íntima de pensamento e simpatia convosco; mas é também possível que um de vossos pais ou irmãos viva muito afastado de vós em pensamento e simpatia e passe a existência numa esfera de pensamento diversa da vossa.
A associação com os baixos e degenerados faz perder ao nosso espirito todo o seu poder.
A mais comum e, todavia, a menos conhecida de todas as formas de escravidão é aquela em que nos sentimos dominados pelos pensamentos e ideias que nos rodeiam e no meio das quais vivemos.
É este um dos maiores sofrimentos de quem vive na dependência de outrem, e se por acaso não temos, neste mundo, outra mira ou aspiração do que estar a serviço de alguém, sem troca de um salário em paga, é certo que, mais ou menos, sentiremos pesar sobre nós esse enorme fardo.
A timidez ou irresolução não é, na verdade, senão um outro nome diverso do medo, que nos faz trêmulos, e débeis os músculos, nos danifica o estômago, nos desata e afrouxa os nervos, perturbando inteiramente a inteligência.
Algum tempo depois de termos abandonado a sociedade de determinadas pessoas, notaremos terem mudado muito as nossas antigas ideias e opiniões, devido a termo-nos posto fora do alcance de sua influência.
A fortuna ou a sorte de cada um de nós nunca é uma obra da casualidade, como não o é, tampouco, o nascimento e crescimento de uma árvore. Nós, como a árvore, somos produto de uma combinação de elementos, determinada pela ação de certas leis.
O espírito e não o corpo, é o nosso verdadeiro Eu. O nosso espírito e o nosso pensamento são substancias invisíveis, mas tão reais como o ar, a água e os metais. Operam independentemente de nosso corpo, abandonam-no e penetram no corpo de outras pessoas, estejam perto ou longe, movendo-o e exercendo nelas a sua influência.
Este é o nosso poder real e positivo. E quanto melhor aprendermos a conhecer o modo pelo qual opera esse poder, quanto melhor aprendermos a servir-nos dele e dirigi-lo como nos convenha, faremos negócios mais proveitosos e terão nossas empresas melhor êxito.
Quando estamos bem confiantes e bem determinados, em estado sereno de inteligência, a dirigir a nossa atividade à consecução de alguma aspiração importante, baseada inteiramente na retidão e na justiça, o incomensurável poder de nosso espírito atrairá para nós, silenciosamente, enquanto nos mantivermos no reto caminho, a cooperação daquelas pessoas de cujo auxílio necessitamos para nossos fins.
Se nos vemos sempre a nós mesmos imaginativamente desconfiados, temerosos, abandonados, a mesma lei de que temos falado nos conformará segundo essas qualidades. Importa-nos fazer que a nossa inteligência siga um processo inteiramente diferente. Temos de ver-nos a nós mesmos resolutos e animados, fazendo que, em nossa mente, se eleve cada vez mais a estima de nossa própria individualidade, que vamos continuamente construindo pelos meios que já temos expostos.
Aprendamos a concentrar nosso poder de execução em um ato e conheçamos também como encaminhar todas as energias da nossa mente e todas as nossas forças para a realização de cada um dos atos de nossa vida.
Cultivando em nós esse poder de concentrar toda a nossa força num só ato, educamos, ao mesmo tempo, o nosso espirito na faculdade de passar de um objeto a outro diferente, quando é preciso toda energia da nossa mente. Por meio desta faculdade, podemos também levar a nossa mente de um estado de perturbação que lhe seja prejudicial, ao gozo de um grande prazer, e ainda esquecer uma forte dor, entregando-nos a algum trabalho agradável.
Se num estado de profunda tristeza, logramos, ainda que seja por um segundo, levar toda a energia da nossa mente ao ato de prender uma agulha em nossa roupa, ter-nos-emos aliviado, pelo menos durante aquele tempo da nossa dor e além disso, naquele segundo apenas teremos ganho um átomo que seja de potência concentradora.
O nome de uma pessoa ou coisa que nos fugiu da memória quase nunca nos ocorrerá enquanto a fatiguemos pensando nisso. Só quando deixamos de torturar o nosso cérebro, voltará a nossa mente o nome perdido.
Não deve impacientar-nos a falta de algum pormenor que não seja necessário talvez.
O Corpo nesse estado de descanso e sossego está mais apto e bem disposto para ser empregado como instrumento da inteligência da mente, podendo ser então melhor dominado pelo espírito, que é o nosso Eu invisível, o nosso Eu Verdadeiro.
Estudaremos e aprenderemos todos os dias e em todos os momentos, mesmo quando menos julgarmos estar aprendendo ou estudando. Passeando calmamente nas ruas, contemplando os rostos dos transeuntes, que passam a nosso lado, sentindo-nos interessados ou divertidos por eles, nós aprendemos, pois vamos apreciando e distinguindo, embora não notemos, as enormes diversidades que nos oferece a grande natureza humana.
O Nosso espírito está então, profundamente imerso em um estado de repouso. Nesta situação, o espírito, convertendo-se num receptáculo, absorve elementos espirituais e é o mesmo que adquirir sempre eterno poder atrativo.
Se porém, no momento em que nosso espírito se acha em tão felizes disposições, vem qualquer desgosto afligir-nos ou uma contrariedade impacientar-nos, esse poder de absorção espiritual é imediatamente destruído. O Nosso espírito deixa então, de ser a mão aberta receptora de novas ideias, para se converter no punho fechado do lutador. Dirige-se contra aquilo que o aflige ou o impaciente, vendo-se em seguida, rodeado pelos elementos de ódio ou de vingança.
Pelo caminho da impaciência e da falta de moderação mental, chega-se aos estados mentais mais irritáveis, com tanta segurança como os rios desembocam no mar.
A lei da beleza e a lei da perfeita saúde são uma só. Ambas dependem inteiramente de nosso estado mental ou, digamo-lo por outras palavras, da classe de pensamentos e ideias que projetamos para fora de nós e que de fora recebemos.
Todo ato de impaciência, embora pareça não ter importância alguma, representa um desperdício de força ou de energia mental. Qualquer ação impaciente é uma ação que se executa sem plano prévio de nenhuma espécie.
Antes de pegar no martelo para dar uma martelada, temos já antecipadamente formado o propósito de dar essa pancada; se não fizermos assim, o martelo por si só, não dará a martelada que desejamos. Antes de pronunciar uma palavra, formulamos mentalmente a entonação mais apropriada que lhe queremos dar, da mesma forma que a nossa mente concebeu qualquer movimento gracioso, antes de realizar ou exteriorizar.
O entusiasmo e o fervor são eminentemente contagiosos, quando pronunciamos aqueles termos: Deus está conosco; mas Deus não estará conosco nem sentiremos a sua presença se, no momento de pronuncia-lo, não pusermos a nossa total porção de força Infinita naquela parte do corpo por meio da qual tratamos de exprimir esta ideia.
Podemos colocar-nos em uma corrente de ar qualquer e permanecer expostos a ela o tempo que quisermos, sem o menor perigo, enquanto tivermos concentrado no corpo todas as nossas forças.
Prentice Mulford é meu grande mestre! Gratidão infinita por suas sábias palavras que num momento difícil de minha vida, iluminaram minha mente e me trouxeram paz e harmonia! Obrigada por compartilhar trechos de seu maravilhoso livro! O original, os demais se basearam em sua obra! Paz e luz a todos!
ResponderExcluirCaro(a) amigo(a)
ExcluirPrentice Mulford é um dos inspiradores de nossa escola. Seus ensinamentos simples e práticos nos ajudam a construir os alicerces para nossas vidas e ao mesmo tempo despertam para novas realidades mais sutis. Fique bastante a vontade em nossa escola e participe sempre que desejar, se preferir inscreva-se para receber nossos boletins aulas e postagens.
Abs
Estou muito feliz em ler coisas a respeito de Mulford, pois não se acha quase nada a respeito dele na internet, muito menos vídeos. Tenho a coleção de "Nossas Forças Mentais" do ano de 1949. A coleção é fantástica, e eu só agora com 22 anos a descobri guardada no meio de caixas. As pessoas deveriam saber mais sobre suas obras e quem foi esse homem.
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