Meditar para os orientais
significa não pensar. Processo em que a mente se acalma e os pensamentos
diminuem até
desaparecerem.
Saiba como essa técnica milenar é
capaz de promover equilíbrio e bem-estar nestes tempos de corações e mentes a
mil.
Meditar é a arte de não pensar em
nada. É a habilidade de ensinar a mente a afastar-se da ansiedade que está
presente em nosso cotidiano. Nesta vida agitada, seria possível interagir com
as preocupações do cotidiano sem se confundir com elas? Como será que a
meditação pode nos auxiliar a lidar com as indecisões da carreira, com os
problemas de saúde, com a falta de concentração e a ausência de paciência.
Segundo o conceito propagado
entre os povos ocidentais, e registrados em nossos dicionários, o ato de
meditar é associado ao de refletir, ponderar, pensar sobre alguma coisa, quando
na verdade, o objetivo é justamente o inverso. Meditar para os orientais, os
pais desse exercício que não tem data exata e nascimento, acredita-se que
quando a medicina hindu foi criada praticada pelos indianos há cerca de
cinco mil anos, a meditação era uma prática comum em sua forma
terapêutica e significa não pensar em nada.
É um estado de “não mente”. É o
nome dado ao processo em que a mente se acalma, que os pensamentos
começam a diminuir até desaparecer, como se tivéssemos uma tela de cinema que
projetasse nosso exercício de pensar e ela aos poucos, fosse se apagando.
Podemos dividir a meditação em
três principais fases:
Primeiro estágio: turbulência. É o momento
inicial, quando a mente, ainda muito agitada em estado beta, com altíssimos
ciclos cerebrais.
Segundo estágio: transição. Trata-se do momento em
que, após vencer a turbulência, começamos a entrar em estado alfa um estágio de
relaxamento mais profundo em que ficamos mais predispostos a programações de
comportamentos e a aprender com mais facilidade.
Terceiro estágio: transe. É o ápice da meditação
para o iniciante. Trata-se do momento em que estamos em alfa profundo, quase na
fase teta e experimentamos sensações indescritíveis. Cada um descreve sua
experiência de maneira muito particular. Uns dizem que pareciam flutuar,
outros sentiam-se no céu. Há quem ache que dormiu, devido ao relaxamento
profundo. É o momento em que a mente está serena, como as águas de um rio que
venceram a agitação. Na turbulência , alguém jogou uma pedra nessas águas e
elas estavam muito agitadas. Não conseguimos ver o fundo. Na transição as
diminuíram e, apesar de ainda existirem, já conseguimos vislumbrar o que há por
baixo. No transe, já não há ondas. A mente é limpa, transparente. O que há de
melhor em nós aflora. É nesse estágio que ocorrem os famosos relatos de
recebimento de intuições, de grandes inspirações e descobertas.
PESQUISAS
1 – Robert Benson, Cardiologista
Universidade de Harvard, EUA.
Em uma pesquisa conduzida por
ele, disse o seguinte: que 60% das consultas médicas poderia ser evitadas caso
as pessoas usassem sua capacidade mental para combater naturalmente tensões que
são causadoras de problemas físicos. Segundo ele, a longevidade das pessoas
estão baseada num tripé: remédios, cirurgias (a única saída para uma grande
quantidade de problemas) e os cuidados pessoais (que incluem exercícios para o
corpo e para a mente.
Num de seus estudos acompanhou
durante cinco anos pacientes que aprenderam a meditar, para tentar controlar
doenças coronárias crônicas e outros problemas. Ele notou que os que meditavam
de maneira disciplinada, todos os dias, tiveram taxas de recuperação superiores
às do grupo de doentes que não levavam a sério a prescrição. O médico americano
também verificou que, graças à técnica, metade dos homens com baixo número de
espermatozoides por efeito de stress havia melhorado sua produção. Outro dado
impressionante é que quase 50% das mulheres com infertilidade associada a
dificuldades psicológicas conseguiram engravidar.
2 – Clínica de Redução de Estresse
Universidade de Massachussets, EUA.
Mais meditação menos dor.
Foram pesquisados 14 mil
pacientes portadores de câncer, aids, complicações gástricas e dores crônicas.
Essas pessoas, quando submetidas a sessões de meditação, diminuíam o nível de
ansiedade e, consequentemente, a quantidade de analgésicos consumida, chegando
em alguns casos até a abandoná-los totalmente. Ao praticar a meditação e educar
seus pensamentos, deixaram de concentrar-se no medo de sentir dor, ironicamente
um dos maiores problemas causadores da dor em paciente com estes quadros
clínicos. Segundo a pesquisa o nível de queixas diminuiu em 40% dos casos, já
que parte desta dor é de ordem psicológica.
3 – Equipe da Universidade de
Visconsin-Madson.
Comprovou que a meditação produz
efeitos concretos no cérebro. Nesse estudo, os pacientes foram divididos em
dois grupos: o primeiro praticou-a uma hora por dia, seis dias por semana ao
longo de dois meses. O segundo não meditou. A atividade no cérebro das pessoas
de cada grupo foi medida e comparada. Os dados mostraram que, entre os que
meditavam, houve um aumento na ativação do córtex pré-frontal esquerdo, a área
que concentra as emoções positivas. Os pesquisadores também testaram se o
pessoal da meditação teve a função imunológica melhorada. Para chegar a uma
resposta, os integrantes de ambos os grupos tomaram vacina contra gripe. De
quatro a oito semanas depois da administração da vacina, os participantes do
estudo fizeram exames de sangue para medir o nível de anticorpos que produziram
contra a vacina. No grupo da medição, houve um aumento mais significativo.
Manoel Ferreira Gonçalves
Manoel,
ResponderExcluirEste assunto é de grande interesse de todos. Seria muito bom se voce pudesse trazer mais informações sobre estas pesquisas.
Também seria interessante falar sobre as diversas técnicas de meditação.
Abs
Queridos amigos, PARA COMEÇAR A MEDITAR. indico o link abaixo, guiada por Lama Padma. Espero que gostem e que facilite a meditação de cada um.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=FWWZ52a3grg