Primeiramente gostaria de agradecer a todos que se interessam por esta leitura e dizer que tudo que falarei aqui é de minha inteira responsabilidade. São minhas crenças pessoais, fruto de meus estudos e reflexões, mas que não devem ser levadas como verdades absolutas, porque nem mesmo eu as tenho desta forma.
Eu vos convido a refletir
comigo, se permitindo o direito de observar pelo menos por alguns momentos,
certas questões que serão apresentadas, por uma visão diferente e talvez
contraditória a sua própria visão.
Durante todo este mês estaremos debatendo este tema e gostaríamos de convida-lo a deixar seus comentários e reflexões no final do texto clicando em novo comentário e acompanhar as respostas e sugestões dos demais.
Durante todo este mês estaremos debatendo este tema e gostaríamos de convida-lo a deixar seus comentários e reflexões no final do texto clicando em novo comentário e acompanhar as respostas e sugestões dos demais.
Não estranhem o fato de
que teremos mais perguntas do que respostas, mais reflexões do que formulações
prontas, pois as perguntas parecem contribuir mais para o aprendizado do que as
afirmações. Quem de nós pode de fato afirmar alguma coisa, Quem de nós pode
construir formulas inabaláveis para definir a vida e o universo, sem correr o
risco de mais adiante ser desmentido, mesmo que seja parcialmente? Será
que não era este o significado de “voltar a ser como as criancinhas”, que não
param de perguntar porque, porque, porque?
O Cenário Humano
Olhando o nosso mundo, as
nossas experiências pessoais e das pessoas ao nosso redor ficamos tristes como
estamos conduzindo nossas vidas e nossas relações uns com os outros. As pessoas
se parecem mais com animais, respondendo instintivamente as situações, com
explosões emocionais, paixões, ódios, criticas, brigas e conflitos que
levam ao sofrimento, a depressão, a angustia, a doença e toda sorte de males
que vemos hoje. Será que todos estão míopes?
Será que estamos
condenados a viver como escravos de nossas paixões, será que o nosso papel é
este mesmo, sermos reféns das emoções?
Mas olhando bem,
percebemos que nem todos são assim. Muitos seres se destacaram ao longo da
historia e viveram com Serenidade, domínio e firmeza, e alguns construíram grandes
pontes para a sociedade, apesar de toda luta que enfrentaram, servindo de
inspiração para todos aqueles que desejam aprender a vencer o as
dificuldades. Um desses grandes Mestres disse, “Na vida, tereis aflições.
Mas tende bom ânimo, eu venci o Mundo”
Podemos chamar estes seres
de Arquitetos Operários, porque a vida destes seres foi uma verdadeira obra, em
que ao mesmo tempo em que construíram seus projetos, forjavam a si mesmos,
vencendo os mais difíceis desafios humanos, deixando um legado para a
humanidade.
Mas o que estes seres
tinham em comum, além de uma gigantesca força de vontade e uma fé poderosa?
A mim parece que todos
respeitavam a natureza e seguiam suas leis em perfeita sintonia como se fossem
ao mesmo tempo os arquitetos de suas próprias vidas e operários de uma obra
muito maior do que eles mesmos. Estariam eles a serviço de um Arquiteto maior,
que tem a visão do todo e distribui a cada um uma parte da obra? Mas estes
arquitetos operários não deixaram grandes escritos ou tratados, não formularam teorias
complexas, apenas deixaram suas pegadas na areia que ficaram marcadas pelos
seus passos firmes.
É sobre estes passos que
queremos refletir com vocês. Entender que leis são estas que muitos deles
seguiram, e que se aprendermos cuidadosamente poderão nos ajudar a reconstruir
nossas vidas de forma harmoniosa, alcançando o sucesso e a felicidade que tanto
desejamos.
Mas onde começa o Trabalho
de construção? O que nos leva a tomar uma decisão de mudar a nossa vida
para conseguir alguma coisa?
Acredito que tudo se
inicia a partir do despertar para a necessidade.
Depois vem a avaliação, o
reconhecimento da situação, das possibilidades e das dificuldades.
Por fim vem a decisão
firme, que leva ao início do trabalho, e nos dá força para sustentar a
caminhada até alcançarmos nosso objetivo.
Já Refletimos sobre O
Despertar da Consciência, Sobre o Autoconhecimento e agora estamos refletindo
sobre a Construção da obra.Entendemos que o autoconhecimento nos defronta com
nossas próprias fraquezas e desafios pessoais, de tal forma que não podemos
mais nos esconder.
Existem muitas maneiras
diferentes de buscar este autoconhecimento como a analise e observação
pessoal, pedir auxilio a numerologia, astrologia e outras ciências que podem
revelar o oculto, desde que, nosso objetivo seja uma busca sincera e
humilde de nossas próprias fraquezas para corrigi-las.
De posse deste
conhecimento nos cabe empreender esta longa jornada de reeducação, seguindo
passos firmes e cuidadosos, mas avançando sempre para melhorar a cada dia. Mas
precisamos ter cuidado para que esta caminhada tenha um ritmo cadenciado, a
partir do próprio ritmo pessoal e da necessidade de interagir com o ritmo das
pessoas e da sociedade como um todo.
Conceitos básicos das Leis
Naturais do movimento
Podemos observar os
ciclos naturais que repetem as experiências, evidenciam as fraquezas, e nos
mostram a necessidade de nos renovarmos em busca de níveis de compreensão mais
elevados a cada ciclo, exigindo passos firmes e progressivos.
Proponho então que me
acompanhem na analise de alguns conceitos básicos das leis naturais, para que
sejam degraus de nossa compreensão e fundamentos de nossa razão. Inicialmente
analisaremos cada um deles separadamente e aos poucos iremos unindo e formando
uma grande teia de compreensão.
Tensão e Relaxamento
Quando puxamos fortemente
a corda de um arco, criamos uma força que cresce a medida que o arco se
enverga, gerando uma tremenda tensão que pode tanto partir o arco como será
capaz de arremessar a flecha a uma velocidade espantosa. Após finalmente
soltarmos a flecha, esta recebe toda tensão gerada no arco que se converte em
velocidade e força em direção ao seu alvo. Ao mesmo tempo, surge um repentino
relaxamento da mão e da corda, como um alivio para a tensão anteriormente
gerada.
Isso nos ensina que quando
a dor vem, não devemos tencionar ou resistir. O melhor a fazer e deixar a
dor se estabelecer ate atingir seu ápice, quando então começa a declinar.
Se conseguirmos suporta-la, chegara o momento do alivio e solução da tensão
extinguindo a causa. Quando resistimos, pioramos seus efeitos e nos contraímos
quando ela fica mais forte, justamente no seu ápice, quando inicia o declínio.
Diz a musica de Lulu Santos que "A vida vem em ondas". Então,
se existe o momento do conflito, também haverá o momento do relaxamento.
Relaxar faz a gente lidar melhor com a situação de conflito e crise. Por isso o
Mestre aconselhou: “Não resistas ao mal”. A resistência na presença da
força contrária, neste caso aumenta a tensão e pode levar ao choque ou ruptura.
A mesma ideia poderia ser
aplicada a toda situação de conflito e pressão. Se soubermos controlar nossa
ansiedade e suportar a situação difícil, mantendo o equilíbrio e controle, nos
encheremos de forca para atuar no melhor momento, quando a forca oponente
estiver esgotada. O Sábio proverbio aconselha “Descansar na paixão e agir na
razão”
O Stress
O termo estresse foi
tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão
expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936
pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.
O Stress é fruto de uma
elevada tensão mantida sobre um objeto, ou mesmo sobre uma pessoa sem que haja
um intervalo de relaxamento. É como se a corda fosse puxada indefinidamente
sobrecarregando o arco até que ele se rompa.
O estresse pode ser
sentido em diversas situações onde haja ansiedade ou depressão devido à mudança
brusca no estilo de vida ou a exposição a um determinado ambiente de esforço
interno ou externo, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia.
A Dança dos Opostos
Percebe-se então a
importância de saber combinar Tensão e Relaxamento, Ação e reflexão. Ouvir e
refletir, aprender e realizar. A mola que se comprime e oprime, quando se solta
gera movimento e reação contraria. Percebemos que talvez as tensões de
nossa vida sejam molas que agem sobre nós para produzir reação e movimento e
nos tirar da confortável inercia. Permanecer na oposição gera tensão
crescente e conflito, mas permanecer na inercia gera degradação. É melhor então
deixar o oponente esgotar sua força para depois então agirmos.
O Compasso
Um compasso musical é uma
forma de dividir quantitativamente em grupos os sons de uma composição musical,
com base em pulsos e repousos. Os compassos facilitam a execução musical, ao
definir a unidade de tempo, o pulso e o ritmo da composição ou de partes dela.
Os compassos são divididos na partitura a partir de linhas verticais desenhadas
sobre a pauta.
A Frequência
A frequência é uma
grandeza física que indica o número de ocorrências de um evento (ciclos, voltas,
oscilações etc) em um determinado intervalo de tempo. Podemos medir o
tempo decorrido para uma oscilação. Esse tempo em particular recebe o nome de
período (T). Desse modo, a frequência é o inverso do período. Por exemplo,
se o coração de um bebê recém-nascido bate em uma frequência de 120 vezes por
minuto, o seu período (intervalo entre os batimentos) é metade de um segundo.
O Ritmo
Ritmo vem do grego
Rhythmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado. O ritmo
está inserido em tudo na nossa vida.As vibrações mais baixas impõem o ritmo das
mais altas. Os Instrumentos de percussão determinam o ritmo das musicas porque
predominam sobre os demais, assim como atividades rotineiras marcam o ritmo de
nossas vidas e controlam o ritmo dos pensamentos e das emoções. Quem estabelece
o ritmo esta no controle.
“A repetição dos atos gera
o hábito, o habito gera o carácter, e o carácter faz o destino”
O curso do rio segue o compasso e o ritmo da natureza assim como professor em sala estabelece o ritmo do aprendizado e conduz seus alunos entre o relaxamento da reflexão e o exercício da prova.
É a vontade enfim que se
fortalece e mantem a força da concentração no seu próprio ritmo. Sem a forca da
vontade somos reféns dos outros ritmos e nos estressamos.
Os Marcadores do Ritmo em
nosso organismo
O Coração é o marcador principal, aquele que estabelece o ritmo primário. É ele quem estabelece a cadencia do funcionamento do nosso sistema. Os demais ritmos são desdobramentos do ritmo cardíaco e estão em perfeita sintonia com ele.

Enquanto o coração estabelece o ritmo de trocas internas.
O Pulmão trabalha o ritmo
de todo o sistema e influencia o ritmo como realizamos nossas trocas externas
com o meio. Ambos estão profundamente entrelaçados e a mudança de ritmo em um
afeta rapidamente o outro.
Cada um tem o seu
Ritmo Pessoal
uma cor, um tom, um
frequência, Forças e Limitações. Precisamos reconhecer e respeitar nosso ritmo.
Quando Interagimos com o ritmo dos outros e do meio e somos levados ao
stress. Precisamos aprender a entrar e sair deste processo e retomar o
nosso ritmo.
A Noção de Ordem
Um Passo de Cada vez, Um
lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar. Esta parece ser uma das leis
importantes do processo de construção das realizações que transcendem os planos
das ideias e criam formas que podem ser compartilhadas e compreendidas por
todos. A ordem representa um padrão reconhecido por todos e que uma vez
estabelecido precisa ser respeitado para que os relacionamentos tenham uma
referencia comum. A desordem é a ordem de cada um em conflito, onde cada qual
segue seu próprio padrão de ordem. O relacionamento humano exige esta ordenação
convencional que seja capaz de proporcionar ampliação de compreensão e
entendimento.
Caminhar Passo a Passo

O Tempo necessário para qualquer construção
Os Ciclos naturais
Os ciclos são repetições
continuas e indefinidas dos ritmos e compassos. Os ciclos repetem todo o
processo, como uma maquina em funcionamento continuo. Existem os ciclos
pessoais, os ciclos dos outros, e também os relacionamentos entre nossos ciclos
e os ciclos dos outros. Além disso existem ainda os ciclos do meio e da
natureza, os ciclos universais.

A Transformação
Libertadora
O conhecido é algo
estabilizado, uma zona de conforto onde sabemos os resultados e podemos manter
nosso modo de ser e agir. Transformação é a mudança da forma, dos hábitos e
comportamentos conhecidos, mudança dos ritmos. Temos Medo do Desconhecido, mas
ele é a nossa única saída.
Quanto mais tempo
permanecemos na zona de conforto maior é a tensão que criamos entre nós o meio
e o próprio Universo, que não para de se expandir.
A Melhoria Continua
Existe uma tecnica em gestão de projetos, chamada PDCA, que são as siglas em inglês de Plan, Do, Check e Adjustmente, que significam Planejar, Executar, Controlar e ajustar. O PDCA é a essência de todo processo, que nada mais são do que pequenas etapas de uma grande obra. A medida que cada processo é concluído ele é avaliado e melhorado produzindo assim uma melhoria continua em todo o projeto. Os ciclos repetidos da natureza se assemelham muito a ideia do PDCA, que na verdade foi inspirado na natureza. Esta é a essência do conceito de Qualidade total que ganhou vida no Japão e se espalhou pelo mundo gerando os diversos níveis de certificação que hoje são exigidos das grandes corporações.
A Melhoria Continua
Existe uma tecnica em gestão de projetos, chamada PDCA, que são as siglas em inglês de Plan, Do, Check e Adjustmente, que significam Planejar, Executar, Controlar e ajustar. O PDCA é a essência de todo processo, que nada mais são do que pequenas etapas de uma grande obra. A medida que cada processo é concluído ele é avaliado e melhorado produzindo assim uma melhoria continua em todo o projeto. Os ciclos repetidos da natureza se assemelham muito a ideia do PDCA, que na verdade foi inspirado na natureza. Esta é a essência do conceito de Qualidade total que ganhou vida no Japão e se espalhou pelo mundo gerando os diversos níveis de certificação que hoje são exigidos das grandes corporações.
A Escada em Espiral
Percebam que uma espiral nada mais é que uma escada. O ciclo vicioso se tornou um ciclo virtuoso, onde a cada afinal de ciclo a criatura que percorre este caminho encontra-se um nível acima do ciclo anterior. Como as coisas acontecem gradativamente, as vezes nem nos percebemos das mudanças que aconteceram dentro de nós, mas quando nos deparamos com as mesmas situações e nos damos conta da forma como lidamos com ela, ficamos surpresos como se tivéssemos dado um saldo quântico.
Reflexões Finais
Vamos então fazer uma
síntese de tudo o que analisamos até aqui e ligar as ideias de forma a nos
trazer compreensão.
Começamos falando das
dificuldades humanas em lidar com suas próprias forças internas, mas lembramos
dos grandes Seres que se destacaram justamente por terem demonstrado absoluto
autocontrole e com isso conseguiram construir obras de grande importância
deixando um legado para a sociedade.
Em seguida verificamos que
as dificuldades são como tensões que nos afetam e nos tiram o equilíbrio. Na
ânsia de nos libertarmos destas tensões, agimos precipitadamente e na maioria
das vezes rompemos as cordas dos relacionamentos, gerando conflitos, agressões,
depressão, tristeza e toda sorte de problemas que acabam se refletindo na nossa
própria saúde física, mental e emocional.
Verificamos também que
estas tensões surgem como ondas, nascem de uma causa desconhecida para nós,
atingem o seu ápice e depois declinam, mas se não resolvermos suas causas, elas
retornam novamente em outro tempo nos pegando desprevenidos, formando ciclos
viciosos e ficamos marcando passo. Estes ciclos de ondas consecutivas parecem
repetir a natureza, e vimos que tudo tem uma frequência, um compasso e
ritmo formando uma ordem que se assemelha muito com a natureza das estações do
ano.
Então, se soubermos
controlar nosso próprio ritmo e nos ajustar ao ritmo da natureza, poderemos nos
fortalecer e nos preparar para enfrentar as dificuldades, surfando nestas
ondas, aceitando seus efeitos e plantando novas causas, aguardando o tempo
entre o plantio e a colheita.
Mas o que não percebemos
ainda é que é que o que acontece do lado de fora nada mais é do que uma
expressão daquilo que esta dentro de nós mesmos.
E uma expressão daquilo
que somos de fato e que exteriorizamos através de palavras, atos, preferencias,
comportamentos. Um é a causa e a outra o efeito. Mas também o que expressamos
acaba por ser a causa do que acontece em nosso interior, formando um
entrelaçamento perfeito e continuo, onde a causa torna-se o efeito e vice versa.
O que dificulta nossa
ligação entre causa e efeito são dois fatores predominantes no mundo da
expressão, que são o tempo e o espaço. A mente objetiva não consegue estar ao
mesmo tempo em dois lugares ou épocas simultaneamente, e na maioria das vezes,
causa e efeitos estão separados por tempo e espaço.
Então precisamos aprender
a fazer esta dança e oscilar entre as posições de agente e observador. O agente
expressa, o observador busca a essência por traz da expressão. Um é ativo
o outro é passivo, mas a consciência deve estar presente em ambos os momentos.
Esta alternância precisaria ser feita gradualmente e não abruptamente para que
haja um encontro entre ambos os estados.
É muito importante este ponto, porque todos temos dentro dentro de nós estas duas naturezas, representados pela figurar do arquiteto e do operário. O arquiteto é a nossa natureza criativa e sistêmica, que gosta de ver as coisas como um todo como um observador atento, e a partir das observações tem novas ideias para aprimorar a obra. As ideias não param de chegar e uma ideia leva a oura. Já o operário, é a nossa parte disciplinada, capaz de executar uma tarefa passo a passo exatamente como estava nos planos do arquiteto. Enquanto se constrói na o se cria, pois o ato de executar uma tarefa fecha as percepções da mente, focando a atenção na tarefa que esta sendo realizada. Aqui vale lembrar o velho jargão usado pelos patroes, que soa arrogante mas no fundo retrata uma realidade pratica : " Você não é pago para pensar e sim para fazer"
Mas e quando nós mesmos somos ao mesmo tempo o Arquiteto e o operário, pois temos uma ideia de um trabalho e em seguida precisamos realizar a construção da ideia ? É ai que precisamos aprender a dançar entre os opostos, entrar e sair do projeto harmoniosamente. Se as ideias não vem, saímos para fazer outra coisa, tomamos um café, ou coisa assim e incorporamos novamente o arquiteto, que logo que tem as ideias anota direitinho e volta a ser o operário.
É muito importante este ponto, porque todos temos dentro dentro de nós estas duas naturezas, representados pela figurar do arquiteto e do operário. O arquiteto é a nossa natureza criativa e sistêmica, que gosta de ver as coisas como um todo como um observador atento, e a partir das observações tem novas ideias para aprimorar a obra. As ideias não param de chegar e uma ideia leva a oura. Já o operário, é a nossa parte disciplinada, capaz de executar uma tarefa passo a passo exatamente como estava nos planos do arquiteto. Enquanto se constrói na o se cria, pois o ato de executar uma tarefa fecha as percepções da mente, focando a atenção na tarefa que esta sendo realizada. Aqui vale lembrar o velho jargão usado pelos patroes, que soa arrogante mas no fundo retrata uma realidade pratica : " Você não é pago para pensar e sim para fazer"
Mas e quando nós mesmos somos ao mesmo tempo o Arquiteto e o operário, pois temos uma ideia de um trabalho e em seguida precisamos realizar a construção da ideia ? É ai que precisamos aprender a dançar entre os opostos, entrar e sair do projeto harmoniosamente. Se as ideias não vem, saímos para fazer outra coisa, tomamos um café, ou coisa assim e incorporamos novamente o arquiteto, que logo que tem as ideias anota direitinho e volta a ser o operário.
Quem consegue estabelecer
esse ritmo pessoal na vida pode escolher o que entra e o que fica fora do seu
universo. Então nada poderá mais perturba-lo e roubar sua paz, porque
conseguiu o controle do seu ritmo. Você simplesmente reconhece suas
limitações e diz: Ainda não estou pronta para isso, não quero isso na minha
vida.
Seu mundo vai ficar do
tamanho que você pode controlar e sentir seguro, mas você vai se sentir bem. A
medida que você desenvolve novas potencialidades e adquire maior controle de si
mesmo, você pode ir aceitando novos desafios e vai aumentando aos poucos o
tamanho do seu mundo, até que você se torne um Maestro de diversos relacionamentos e ritmos.
A construção é um fato que
acontece a medida que se realiza. Não se pode construir nada com antecedência.
Podemos conceber um projeto na mente, imaginar cada detalhe da obra, ter tudo
bem planejado, mas nada acontece antes da ação e do trabalho. E por melhor que
sejam nossos planos, a execução tem sua própria dinâmica. A obra uma vez
iniciada ganha seu próprio ritmo e os teóricos se surpreendem quando decidem
realiza-la, pois não se pode prever as reações do meio. Se não tomarmos a
inciativa e mantemos o ritmo do trabalho, nada se realiza.
Na prática, precisamos
entender que não estamos sozinhos e que fazemos parte de uma grande dança com
vários parceiros e que o principal deles é o próprio Universo, pois em suma,
somos parte de uma grande vida. Talvez se seguirmos o ritmo que nos mostra a natureza
poderemos realizar coisas mais perfeitas. Ao plantar a semente, precisamos
antes preparar o terreno e escolher uma boa semente. Mas após isso temos que
aguardar o universo fazer sua parte, e só então será nossa vez de agir
novamente. Assim como nada acontece se não tivermos a iniciativa de plantar a
semente, ou seja, tomar uma decisão e fazer alguma coisa, não adianta
acreditar que tudo depende apenas de nós.
Se fizermos direitinho as
coisas e aguardarmos o tempo certo, em breve virá uma resposta que cobrará uma
nova atitude nossa, como em um jogo de frescobol, você joga a bola para o
parceiro e fica aguardando ele devolver. Mas se você não sustentar o ritmo,
agindo com firmeza na sua vez de jogar e aguardando com paciência quando a bola
está com o Universo, o jogo não flui. Ou então se se você se cansar e desviar o
olhar, pode ser que a bola retorne e você não estará lá para receber.
Mas se queremos nos inspirar
nos ciclos da natureza devemos nos lembrar que após o amadurecimento vem a
colheita e a consequente distribuição da safra colhida. Não é comum um
agricultor plantar uma única arvore para seu sustento pessoal. Geralmente os
frutos da colheita são distribuídos ou comercializados e muitos já estão
aguardando estes frutos para o sustento de suas famílias. Portanto, parece
claro que este jogo de receber e dar inclui outros participantes e que somos
instrumentos do grande sistema natural e à medida que esvaziamos a nossa taça
nos preparamos para enche-la de novo, ou seja, ao colhermos os resultados e
compartilharmos, deixamos o terreno pronto para uma nova necessidade que nos
levará a buscar na fonte natural e começar um novo ciclo. O professor precisa
ser um aprendiz para então ensinar o que aprende, o aluno precisa ser sedento
de conhecimento para solicitar ao professor uma resposta, que este terá que
buscar na fonte do conhecimento, e ao responder, muitas vezes aprende de
novo.
E assim, como um maestro ele
sustenta os diversos ritmos dando e recebendo, planejando e construindo,
despertando o interesse, respondendo e perguntando. Mas como sustentar os
ritmos sem sustentar primeiro seu próprio ritmo pessoal?
Penso que o primeiro passo é
aprender a controlar os marcadores do ritmo da nossa natureza física, pois é
através deles que podemos controlar o ritmo de nossas emoções de nossos
pensamentos. Afinal de contas, somos em síntese aquilo que pensamos e
sentimos, e se pudermos ter controle sobre isso, teremos domino daquilo que
iremos fazer e poderemos empreender uma obra consistente e grandiosa.
O coração é o responsável
pelo controle de todo o processo do nosso sistema e o ritmo de suas batidas
determina nosso estado físico mental e emocional. Controlar o coração
diretamente é mais difícil e de certa forma bastante perigoso para um iniciante.
Mas o pulmão está
intimamente ligado ao coração, e temos como controlar o ritmo de nossa
respiração, afetando assim todo o sistema.
Outra coisa que afeta
bastante o nosso ritmo pessoal são os nossos músculos voluntários. O
coração atende as necessidades musculares e quando estes se contraem ele
acelera para fornecer mais sangue, e quando se relaxam ele reduz o ritmo de
suas batidas.
Comecemos então pelos
músculos voluntários, aprendendo a relaxa-los. Os artistas fazem isso antes de
entrar em cena para vencer o nervosismo e a ansiedade, os lutadores de artes
marciais fazem isso e muitos outros profissionais que precisam de calma
exercitam o relaxamento muscular.
Exercício Prático de
Relaxamento.
O exercício é simples e
dura alguns minutos. A técnica consiste em sentar em uma cadeira
confortavelmente, com as costas encostadas no espaldar da cadeira e a coluna
ereta e as mãos repousadas sobre as coxas e feche os olhos. Em seguida
começamos a pensar nas partes do corpo, começando pela cabeça e indo até os
pés, por uma questão de ordem natural. Ao pensar na parte do corpo, por
exemplo, a face do rosto, deve-se demorar um pouco e procurar sentir aquela
parte do corpo até que ela fique relaxada. Em seguida descemos para outra
parte, por exemplo, o pescoço, depois os ombros, os antebraços, os braços, as
mãos, o tórax, o abdômen, o ventre, os quadris, as coxas, as pernas e os pés.
Mas aos poucos vamos
abrindo os olhos.. espreguiçando os músculos e voltando ao nosso ambiente,
agora renovados por esta paz profunda...
Se preferir coloque uma
musica suave e uma luz calma para facilitar, mas não é imprescindível, e quanto
menos depender de recursos externos, mais facilmente poderá repetir este
exercício em qualquer local. Aos poucos irá surgindo uma profunda
serenidade e uma clareza mental, que irá se tornando um habito. Se fizer esse
exercício antes de dormir não haverá mais insônia que resista.
Se fizermos este exercício
diariamente, aos poucos nosso corpo vai se tornando dócil e inicia o
relaxamento quando começamos a pensar nele e chegaremos a conseguir isso em
poucos segundos. Desta forma seremos capazes de conseguir este relaxamento e
uma consequente calma em meio a situações de conflito e stress emocional. Com o
tempo, nem precisaremos mais de fazer o exercício, pois nosso corpo se tornará
relaxado com um simples desejo e a calma será nossa companheira de viagem.
Uma vez atingido este
estágio de harmonia interna, podemos então realizar outros exercícios mais
avançados, como visualizações criativas e outros que nos permitirão não apenas
lidar com as situações de stress, mas despertar nossas energias internas
adormecidas e nos tornar seres cada vez mais felizes e realizadores.
Então, vamos colocar mãos
a obra?
Se desejar formular alguma
pergunta, por favor envie clicando na caixa de comentários logo abaixo que em
seguida iremos responder.
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Somos uma Escola que propaga as boas ideias e busca o Despertar da Consciência, ajudando a tornar as pessoas criadores de novas realidades.
Nossa sede é na Rua Campos Sales, 38, Tijuca Rio de Janeiro. Temos palestras públicas toda segunda feira as 19hs.
Nossa sede é na Rua Campos Sales, 38, Tijuca Rio de Janeiro. Temos palestras públicas toda segunda feira as 19hs.

Sigamos, entre outros Grandes Mestre, os exemplos de Swami Vivekananda.
ResponderExcluirBom dia todos!
Herbert,
ResponderExcluirObrigado pela sua participacao.
De fato, Swami Vivekananda, autor de vários livros, entre eles Os quatro caminhos de autorealizacao, foi um dos grandes pensadores que deixaram marcas profundas na sociedade indiana, e que se espalhou aos poucos por todo o mundo. Pela sua história pessoal vemos que ele construiu algo grandioso e construiu a si mesmo. Aquele garoto que se guiava pelos questionamentos concretos exigindo prova de tudo, transformou-se no Homem capaz de penetrar na região onde todas as respostas são dadas, e soube traduzir com palavras simples "na lingua dos homens"
Prezado João, fiquei com a impressão, a partir do seu texto, que para o autoconhecimento com consequente auto-gestão da obra que se quer deixar aqui na terra, é necessário o controle sobre todos os pontos de vista, de dentro para fora e de fora para dentro. É isso mesmo que você quis dizer?
ResponderExcluirOlá Marcia,
ResponderExcluirSeja bem vinda as nossas reflexões.
Eu acredito que nascemos para ser senhores e não escravos das circunstâncias. Mas isso é uma coisaa que requer algum trabalho e dedicacao. A nossa felicidade é que mesmo enquanto ainda não sabemos nos dominar, o simples fato de mudar nossa atitude diante das coisas já nos faz nos sentirmos mais conectados com a natureza e perceber que todos ao nosso redor tem desafios a vencer. Isso muda nossa postura de críticos severos para a de colabores uns dos outros.
O que acha dessa visão?
Bom dia João!!!
ResponderExcluirPenso que o controle severo gera um ser com críticas severas, que tira completamente a espontaneidade, corta o aprendizado na troca social e a conexão com a sabedoria da natureza. Concordo plenamente que quando estamos conectados com a natureza, nos tornamos mais colaborativos, menos críticos, mais amorosos e verdadeiros aprendizes sem a dureza do controle excessivo.
Como diz nosso mestre em comum, precisamos de mais amor e menos rigor nos levando a transformação da escravidão para a servidão no sentido mais amplo da palavra.
E vamos nós no caminho do servir com consciência e amorosidade.
Bjs
Bom dia!
ResponderExcluirTanto na situação de Maestro, ou como de operário, durante o Ritmo do Trabalho, use os MOMENTOS FELIZES já que a FELICIDADE não existe.
Pra quê?
Para que possamos cada um no seu tempo, com seu aprendizado, seja dos seus antepassados ou não, fazer com que os chamados momentos menos felizes, sejam retornados aos momentos felizes o mais rápido possível.
"Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele não quer dizer que ele esteja sujo por completo" - Mahatma Gandhi.
O que me chamou a atenção numa primeira leitura foi a questão da tensão e do relaxamento.
ResponderExcluirNum primeiro olhar, comparo as expressões “tensão” com o “fazer a minha parte e “relaxamento” com o “se entregar a Deus ou ao Universo” a parte da qual não dou conta. Observando, portanto, que a tensão e o estresse tem funções muito mais positivas do que conseguimos perceber no primeiro momento.
Com relação ao parágrafo que diz: “ Permanecer na oposição gera tensão crescente e conflito, mas permanecer na inercia gera degradação. É melhor então deixar o oponente esgotar sua força para depois então agirmos. ” Observo o seguinte:
1º.) O oponente pode ser um problema para o qual buscamos solução, uma doença, para a qual desejamos a cura, ou até mesmo um embate com outrem. Neste caso a inércia, o não agir causa uma degradação negativa.
2º.)No caso de um conflito interpessoal, deixar o oponente agir até que suas forças se esgotem, também seria uma inércia, só que positiva, sendo a degradação proveniente desta inércia igualmente positiva, se entendermos que esta degradação poder ser o fim das forças oponentes.
Helenildes,
Excluirótimas reflexões.
O importante é devolver alguma coisa, tocar a bola e fazer o jogo andar e fazer nossas mentes trabalharem para trazer o esclarecimento que nunca vem de fora.
abs
Bom dia a todos!
ResponderExcluirIncrivel Joao, como vc consegue simplificar uma serie de conteúdos interconectados, qdo sobre cada um deles se poderia ficar anos estudando, falando, praticando...
Entendo que, sendo a existência um fenômeno de interconexoes e relações, é uma abordagem verdadeiramente prática e harmoniosa.
Ver de fora pra dentro, de dentro pra fora. Perceber a si e ao outro. Nada mais civilizado, a meu ver.
Relaxar o corpo e perceber qdo é hora de planejar, criar (7, 3, 9) e qdo é hora de botar a "mão na massa" (1, 4), relacionando com sensibilidade (2) e articulando o todo (5, 9, 8) com o particular (1).
Especialmente essa de arquiteto e operário se alternando, pra mim contribuiu na essência! Também a simplicidade como vc abordou a respiração como condutora do estado geral do organismo e o relaxamento muscular como base para a maestria de si.
Compartilho da reflexao da Helenildes sobre tensao e relaxamento! Me lembra a representação do YIN YANG, o que é isso torna-se aquilo...
Sobre as observacoes da Marcia, penso que existem certas palavras que estão em mutação de sentido, pois ja nao atendem a compreensao do ser humano em comunhao com a harmoniosa e sutil realidade maior.
Ao invés de "domínio" e "controle", que basicamente nao sao ruins nem boas, mas que representam séculos de violência e supremacia sobre povos e seres mais fracos - sintetizando relacoes de poder - e, por conseqüência, tambem impotência -, posso entende-las como MAESTRIA.
Achei interessante qdo a Marcia chamou atencao para o controle rígido, devido a sua formacao voltada para humanidades. Tb achei interessante porque a linguagem que escolhemos VEM DE NÓS e o toque para ultrapassar a rigidez do 4 vem bem a calhar na hora do planejamento, ao mesmo tempo em que essa "firmeza maquinal" é perfeita para arar a terra por exemplo.
Enfim, super mega hiper obrigada por nos trazer esse conteúdo. Sintetizando, me iluminou especialmente a visao dupla, o relaxamento e a delicadeza como sugestão para viver esse processo.
Abs e obrigada!
Querida Silvia,
ResponderExcluirFico feliz que meu empenho em dismistificar os temas e comecta-los com a nossa realidade atual caiu como uma semente em sua mente fértil, que soube traduzi-las em lindas flores. Concordo que podemos ir aos poucos substituído o controle por maestria, como faz um bom cocheiro quando os cavalos se tornam dóceis e obedientes, para que manter as rédeas curtas não é mesmo?
Agradeco muito suas sábias palavras e seus incentivos,
Abs
João, vou deixar meu comentário, e tenho que dizer que sou sua fã. Pela sua perspicácia, pela sua generosidade em compartilhar seus conhecimentos, em fim pela sua dedicação com os assuntos que servem de aprendizagem para todos nós.Estou em fase de construção(LK 2)
ResponderExcluirPreciso falar, desculpe se não estiver em alinhamento com o tema.
Quando penso em mudar me reporto ao meu meu interior, vou em busca daquilo que mais me bloqueia a caminhada. Tarefa difícil essa, identificar, assumir e tentar consertar, muitas vezes é preciso se expor, pedir ajuda, dizer ao mundo - ei, estou aqui com esse desafio e não sei por onde começar obra de reforma, qual parede deve ser quebrada, tem que ter cuidado para não abalar a coluna de sustentação para não ruir a construção. E assim temos que tentar,não tem uma planta inteira pronta, está fragmentada. Então vamos juntando os blocos, de vagar com cautela, se possível desenhando cada montagem, aproveitando cada opinião, cada experiência. Mas o meu querer modificar faz toda a diferença.
O autocontrole só é possível com o autoconhecimento, pois é preciso saber a hora de recuar e de avançar, de falar e de silenciar.
Cada ser tem o seu momento. As vezes chega perto da terra, coloca o adubo e não joga a semente, recua não está preparado para o grande florescer.
Pronto falei.
Gratidão.
Minha querida Rosane,
ResponderExcluirMuita gratidão a você por ter a coragem de abrir seu coracao e revelar seus desafios pessoais. Lembra do Sermão da Montanha, ele é para você também, que está aos pés do mestre confessando suas dificuldades. Ouça o que ele lhe diz.
Abs
Caro João,
ResponderExcluirGostaria de parabenizar a sua palestra e dizer que as reflexões estão me ajudando bastante na minha caminhada.
Mais uma vez parabéns na capacidade de sintetizar conceitos profundos e complexos numa linguagem simples e de fácil entendimento.
Bruno,
ExcluirAgradeco suas sábias palavras e fico muito satisfeito de saber que estamos ajudando em sua caminhada. Desejo que continue cada vez mais firme.
Abs
Bruno,
ExcluirAgradeco suas sábias palavras e fico muito satisfeito de saber que estamos ajudando em sua caminhada. Desejo que continue cada vez mais firme.
Abs