Quando não aceitamos, rejeitamos ou até mesmo repudiamos determinados conhecimentos, pode ser em razão de não compreendermos e por não estarmos a altura dos mesmos.
Claro que também pode ser por outros motivos, por exemplo a maneira como eles são ensinados, mas em geral os principais motivos são esses.
O interessante é que quando passamos a aceitar, quando alcançamos o nível para absorvemos, fica a impressão de que já não precisamos tanto deles. Pois já se encontra dentro de nós a lógica ou a régua para medi-los.
Mas não é bem assim, pois a medida que entramos em contato com eles, somos banhados pela luz da compreensão que vai de encontro com a base do que já aprendemos e assim os nós da ignorância, do preconceito e da estagnação vão se desfazendo.
Esses conhecimentos encontram ressonância em nosso íntimo e vão abrindo as portas para novos conhecimentos. Nós passamos a ter sede de novos aprendizados ao mesmo tempo em que nos deleitamos com esses.
Assim se forma a corrente do saber e do aprender.
Talvez seja por isso que os sábios estejam sempre aprendendo, e sempre estudando. Eles também não cansam de dizer que nada sabem.
Os ignorantes por sua vez, se enchem de razão, pois se fecham no seu pequeno aprendizado. Com isso, ficam estagnados e se afastam cada vez mais da sabedoria e da verdade.
Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece.
Será que é o discípulo que atrai o mestre? Ou o mestre que vai de encontro ao discípulo é o atrai com sua sabedoria?
Também se diz que os opostos se atraem não é mesmo? Talvez aqui se aplique muito bem esse ditado.
Sendo assim, sou levado a pensar que um atrai o outro.
O mestre, porque anseia por ensinar. Precisa de um discípulo que queira absorver seus conhecimentos para ganhar jovialidade e consequentemente longevidade.
Por outro lado, o discípulo precisa do aprendizado para ganhar maturidade.
O mestre ao ensinar também aprende. O discípulo, ao aprender começa a ganhar base para se tornar também um mestre.
Depois de certo conhecimento e aprendizagem, ele também vai encontrar seu discípulo.
Desse jeito tem continuidade a engrenagem do saber.
O primeiro mestre de nossas vidas, é o nosso Pai, que forma a nossas base, depois , o nosso primeiro professor e assim, vamos encontrando mestres a medida que aprendemos e desenvolvemos.
Nesse artigo, tratamos do conhecimento e sabedoria, mas se ampliarmos um pouco, poderemos utilizar esse entendimento para muitas outras coisas. Por exemplo, no trato com as pessoas.
No Japão há um ditado que diz que quem escolhe comida, escolhe pessoas.
Ou seja, percebemos aqui a rejeição mais uma vez. Que pode levar a estagnação.
Vamos retornar ao início de nossa conversa.
Se ao invés de rejeitarmos de imediato algo que temos dificuldade de aceitar, se deixarmos uma brecha e tentarmos pelo menos escutar ou ler, se for esse o caso, aos poucos essa luz do conhecimento irá dissipar as nuvens da ignorância e do preconceito em nosso íntimo e cedo ou tarde iremos absorver .
Será que vale o esforço?
Quero deixar essa reflexão para todos!
Dom Romani
Em 23/09/2022
Excelente reflexao.
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