A autora afirma que toda
mudança tem um ritmo, e propõe um método
em sete etapas para que o próprio indivíduo interaja com o processo de mudança
e assim entenda o que se passa dentro e fora de si, passando a ser um agente
colaborador da mudança e não um adversário dela. As sete etapas propostas pela
autora são: A forma, O Desafio, A
resistência, O Despertar, O compromisso, A purificação e Finalmente a Entrega.
Para a autora, toda mudança é um processo, e que podemos estar ou não
conscientes, nos opondo a ela ou entendendo e colaborando com o processo de
transformação.
É interessante esta visão da
mudança como um processo que de alguma forma podemos compreender, e não apenas
como algo que não temos o menor controle e que muitas vezes lutamos contra ele.
Já o Dr. Gerald Epstein no
Livro “Imagens que curam”, propoe um método vertical, focando mais na cura do que na doença e suas causas. Com isso ele lança uma nova luz sobre as sombras, usando a imaginação para transformar a realidade para produzir uma cura definitiva.
Ele explica que Freud via o
tratamento psiquiátrico como uma viagem onde o paciente se via dentro de um
trem olhando pela janela e o analista iria lhe perguntando o que ele via. Ele
lembra que os trens andam no sentido horizontal. Seu contato com Mame
Aboulker-Muscat, terapeuta que usava um método “sonho acordado dirigido” mudou
sua visão, quando ela fez um movimento vertical com os braços e disse: “ Bem, e
se a direção fosse transferida para este eixo? ”
Em seu livro ele associa as causas das doenças a desvios de comportamento que produzem tais efeitos no sistema orgânico, e ensina um método que usa a imaginação (imagem+ ação) para transformar a
realidade do paciente. Segundo ele, ao agir através de imagens, ensinamos nosso cérebro a
encontrar o caminho do equilíbrio natural perdido, gerando imagem e emoção, pois para haver cura é preciso produzir uma sensação física.
O primeiro passo consiste em
definir e declarar formalmente sua intenção, (tensão que vem de dentro em
direção ao objeto) e que irá canalizar sua vontade para o equilíbrio daquilo
que estava bloqueado.
Depois é preciso passar por
um processo de limpeza para estabelecer um novo ambiente mental e desligar a
mente da prisão de causas antigas. Em
seguida o Dr. Gerald Epstein propõe um processo de profunda transformação.
Tanto os modernos físicos quânticos quanto os místicos chineses dizem que o que experimentamos subjetivamente como tempo é na verdade, um fluxo continuo de mudanças. O sistema médico chinês tradicional é todo baseado na premissa de que a doença é sinônimo de bloqueio de energia. Em outras palavras, uma resistência a natureza mutante das coisas. Tentamos nos agarrar ao que consideramos “boas condições” e neste ato, nos enrijecemos, resistindo à possibilidade de dor ou desprazer e vamos desta forma ao encontro da dor que tentamos evitar.
Tanto os modernos físicos quânticos quanto os místicos chineses dizem que o que experimentamos subjetivamente como tempo é na verdade, um fluxo continuo de mudanças. O sistema médico chinês tradicional é todo baseado na premissa de que a doença é sinônimo de bloqueio de energia. Em outras palavras, uma resistência a natureza mutante das coisas. Tentamos nos agarrar ao que consideramos “boas condições” e neste ato, nos enrijecemos, resistindo à possibilidade de dor ou desprazer e vamos desta forma ao encontro da dor que tentamos evitar.
O método do Dr. Gerald funciona melhor
com pacientes capazes de trabalhar no campo das imagens, pois requer que ele
tenha plena consciência do trabalho que está realizando. As imagens em
movimento disparam na mente um processo de cura gradual, mas podem também ser
uma forma de educa-la a fornecer um novo padrão diante dos novos desafios, e
ensinar uma nova linguagem que possibilitaria tanto o melhor entendimento da
realidade interna como uma nova compreensão da realidade externa a partir
destes impulsos criativos.
Em 1944, após um período de
15 meses de prisão por simpatizar com ideias Marxistas, a Dra Nise da Silveira,
medica Psiquiatra, foi reintegrada ao
serviço público e iniciou seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro
II, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro.
Sua recusa em usar os métodos agressivos como lobotomia e eletrochoques
em pacientes, levou a direção do hospital a transferi-la para o trabalho com
terapia ocupacional, atividade então menosprezada pelos médicos. Foi assim que
ela criou “ateliês" de pintura e modelagem com a intenção de possibilitar
aos doentes reatar seus vínculos com a realidade através da expressão simbólica
e da criatividade, revolucionando a Psiquiatria então praticada no país.
A partir dessa experiência a
Dra Nise da Silveira revolucionou o tratamento de pacientes esquizofrênicos e
introduziu no Brasil a psicologia junguiana, e pelo seu sucesso do seu trabalho
se tornou conhecida e respeitada no Brasil e no mundo. Foi pioneira na pesquisa
das relações emocionais entre pacientes e animais, que costumava chamar de
co-terapeutas. Em seu livro "Gatos, A Emoção de Lidar",
publicado em 1998, ela expos como percebeu essa possibilidade de tratamento ao
observar como um paciente a quem delegara os cuidados de uma cadela abandonada
no hospital melhorou ao tratar deste animal como um ponto de referência afetiva
estável em sua vida.
Seu Interesse sobre os mandalas, tema recorrente nas
pinturas de seus pacientes, a levou a escrever a Carl Gustav Jung,
estabelecendo com ele uma proveitosa troca de ideias. Jung a estimulou a apresentar uma mostra das
obras de seus pacientes, o que ela fez
primeiramente no Brasil, e culminou na
exposição "A Arte e a Esquizofrenia", ocupando cinco salas no
"II Congresso Internacional de Psiquiatria", realizado em 1957, em
Zurique. Ao visitar a exposição, Jung orientou-a a estudar mitologia como uma
chave para a compreensão dos trabalhos criados pelos internos.
Aquela mulher simples e
franzina, não queria revolucionar a medicina, apenas cuidar daquela gente com
carinho. O mesmo carinho que cuidava dos seus bichos, pois via o mundo de forma
diferente da maioria. O que chama a atenção é que ela não demonstrava medo
diante da agressividade dos pacientes, e os observava com atenção para entender
sua linguagem interna. Talvez ela também
tenha convivido com suas sombras, mas demonstrava maturidade e serenidade ao
lidar com o ser humano, a quem tratava de “Clientes”, pois conforme ela dizia,
eles é que eram seus patrões.
É Maravilhoso perceber que
de alguma forma a Dra. Nize Utilizou em seus pacientes, algo parecido com
técnica que o Dr. Gerald Epstein desenvolveria mais tarde, com a diferença que
como eles não tinham domínio da razão, eram os próprios pacientes que curavam
suas imagens mentais na medida em que as expressavam, depuravam e reconheciam
suas sombras. E as sombras aos poucos iam ganhando luz, e na medida em que o
fundo do lago se tornava mais transparente permitiam assim que as belezas de
seu interior pudessem vir a tona, se transformando em verdadeiras obras de arte.
Há uma corrente de
pesquisadores que acreditam que a música também pode curar. Segundo matéria publicada na revista veja
online em 18/06/2009 Há canções ligadas
à infância, à juventude, ao primeiro amor, a uma grande tristeza, ao casamento.
Todas essas músicas compõem a memória musical de uma pessoa e podem despertar
emoções cruciais para a melhora de certas condições de saúde. "Quando
utilizamos músicas relacionadas à história de um portador de Alzheimer, por
exemplo, essa pessoa consegue relembrar fatos com detalhes: isso não viria à
tona, caso indagássemos aquele paciente", explica Cléo Correia,
musico-terapeuta do ambulatório de Musicoterapia de Neurologia do Comportamento
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O uso da música como método
terapêutico vem desde o início da história humana. Alguns dos primeiros
registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos
pré-socráticos. A sistematização dos métodos utilizados só começou, no entanto,
após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com pesquisas realizadas nos Estados
Unidos. O primeiro curso universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na
Michigan State University.
A esperança é confirmada por
estudo das Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU). O trabalho mostra que pacientes
internados apresentaram melhora significativa de humor quando são submetidos a
um repertório musical personalizado, criado a partir de seus próprios gostos
musicais. "99% dos pacientes dizem que se sentem muito melhor",
comenta Maristela Smith, professora, fundadora e coordenadora dos cursos de
graduação e pós-graduação de musicoterapia e da Clínica-escola de Musicoterapia
da FMU.
Outras técnicas como a
aroma-terapia, ou a massoterapia por exemplo procuram explorar os canais
sensitivos daqueles que percebem o mundo melhor pelos sentidos e por isso suas
mentes são melhor induzidas por técnicas que envolvam e despertem estes
sentidos, criando assim um canal que facilita a compreensão e pode mais
facilmente levar a cura ou dissolução das sombras.
Segundo o site “Os
Significados”, as ervas aromáticas já eram utilizadas para fins religiosos,
curativos ou estéticos no Egito, China, Índia, Grécia e Roma. A destilação de
óleos essenciais de forma mais refinada e eficiente ocorreu em 1000 d.c.,
através de Avicena, um médico e filósofo árabe. Os alquimistas, no século 16,
acreditavam que o óleo essencial era a parte da planta responsável pela cura. O
termo "Aromaterapia" foi usado inicialmente por René-Maurice
Gattefossé, um químico francês cuja família possuía uma indústria de perfumes.
Certo dia, enquanto trabalhava em seu laboratório, Gattefossé queimou a mão
acidentalmente e mergulhou-a num recipiente contendo óleo essencial de lavanda.
A queimadura curou-se rapidamente, não infeccionou, não produziu bolhas e
cicatrizou. Gattefossé ficou fascinado com o feito e procurou estudar mais a
fundo as propriedades terapêuticas dos óleos essenciais. Em 1928 publicou o
livro “Aromathérapie: Les Huiles essentielles hormones végétables”
(Aromaterapia: Os óleos essenciais, hormônios vegetais).
De acordo Marie-Louise von
Franz, os sonhos também podem ser um caminho de autoconhecimento. Em seu livro
O Caminho dos Sonhos ela relata que uma parte mais profunda de nossa mente
nos fala através de uma linguagem própria que pode ser por imagens, sons e até
mesmo aromas, utilizando os materiais que dispõem para expressar aquilo que tem
em seu interior, nesta busca do autoconhecimento. Estas linguagens são como
placas de impureza que se soltam aos poucos do fundo do lago inconsciente para
serem purificadas pela compreensão.
A autora afirma que após
acompanhar os sonhos por um bom período de tempo, porém, notamos que eles
possuem uma inteligência superior, uma sabedoria e uma perspicácia que nos
orientam. Eles nos mostram em que aspecto estamos enganados e nos alertam a
respeito de perigos; predizem eventos futuros; aludem ao sentido mais profundo
da nossa vida e nos propiciam insights reveladores. Se analisar sonhos de
artistas ou cientistas criativos, por exemplo, você verá que muitas vezes novas
ideias lhe são reveladas através dos sonhos. Eles brotam do inconsciente sob a
forma de ideias súbitas, como se costuma dizer. Vários documentos demonstram
que muitos cientistas primeiro sonharam certas soluções matemáticas e depois as
resolveram conscientemente. Devemos, então, concluir que existe uma matriz
psíquica capaz de produzir novos insights criativos.
Depois de analisar sonhos
como processos psíquicos vitais, a única coisa que talvez se possa dizer é que
essa matriz parece orientar o ego consciente para uma atitude adaptada e madura
frente à vida. Por exemplo, se um jovem neurótico se recusa a entrar na vida
ela lhe dá um empurrão saudável, ou se uma pessoa idosa não consegue aceitar a
velhice e a morte, ela representa o sentido da velhice e da morte através de
imagens bonitas. Essa matriz que engendra os sonhos em nós tem sido denominada
guia espiritual interior, ou centro da psique. A maioria dos povos primitivos
simplesmente a chama de Deus, ou usa o nome de um deus específico. O deus
supremo dos astecas, por exemplo, era o artífice dos sonhos e guiava as pessoas
através dos seus sonhos. Com toda probabilidade, um cristão diria que essa
matriz é o Cristo interior em nossa alma. Um budista reconheceria esse mesmo
centro. Segundo um velho mestre zen, Buda certa vez disse que quem segue o
caminho interior certo tem sonhos bons. Parece, portanto, haver em nós uma
inteligência superior que poderíamos denominar guia interior ou centro divino
que produz os sonhos, cujo objetivo parece ser tornar a vida do indivíduo a
melhor possível.
O processo vivido pela
escritora Connie Zw eig, no Livro “Ao encontro da Sombra” pode muito bem ser
entendido como um destes períodos em que uma grande quantidade de matéria
oculta do lago inconsciente vem a tona levando a uma vivencia dolorosa ao
entrar em contato com uma realidade sombria até aquele momento desconhecida
pela consciência, conhecido como “a noite escura da alma”
Mas de acordo com as reflexões do Dr. Geraldo Epstein, para além das sombras e impurezas, existe em nosso interior uma camada mais profunda e brilhante que pode se expressar em forma de imagens, sons e sentimentos e que trazem profunda libertação aqueles que com elas entram em contato. Mas para ter acesso a esta região mais brilhante, talvez seja necessário passar antes por este processo de purificação e autoconhecimento que nos relatou Connie Zweig no livro "Ao encontro da Sombra", e que segundo ela própria a tornou mais sensível e humana.
Mas de acordo com as reflexões do Dr. Geraldo Epstein, para além das sombras e impurezas, existe em nosso interior uma camada mais profunda e brilhante que pode se expressar em forma de imagens, sons e sentimentos e que trazem profunda libertação aqueles que com elas entram em contato. Mas para ter acesso a esta região mais brilhante, talvez seja necessário passar antes por este processo de purificação e autoconhecimento que nos relatou Connie Zweig no livro "Ao encontro da Sombra", e que segundo ela própria a tornou mais sensível e humana.
Fontes:
Ao encontro da Sombra - Connie Zweig
As sete etapas da transformação consciente - Gloria D. Karpinski
Imagens que Curam - Dr. Gerard Epstein
Imagens que Curam - Dr. Gerard Epstein
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