Ficamos encantados quando vemos nossos filhos fazendo aquilo que fizemos, falando coisas que dissemos e nos repetindo. Parece que estamos revivendo nossas experiências através deles.
Nossos pais e avós deviam sentir o mesmo porque quase tudo que fazemos ou dizemos tem um pouco do que aprendemos com eles.
Nossos mestres então ficariam maravilhados ao nos ver repetir as mesmas expressões que eles tanto tentaram nos fazer compreender, como se tivéssemos nos apropriado delas.
Quantos ditados, historias, anedotas e provérbios. Quantas lições e ensinamos passamos adiante como se as tivéssemos inventado, e já nem nos lembramos mais de onde vieram.
Mas na verdade eles também aprenderam com seus ancestrais e nos repassaram, acrescentando algo de sua própria experiência, exatamente como fazemos hoje com nossos filhos, amigos, alunos e todos os demais com os quais nos relacionamos.
Nossas verdades não nos pertencem, pois herdamos da cadeia de relacionamento que nos precederam. Pensando melhor, temos sim algum direito a reivindicar, porque aderimos e acrescentamos algo nosso antes de passar o bastão adiante.
Então podemos refletir que a vida é uma cadeia de relacionamentos hierárquicos e Inter penetrantes oriunda da mente infinita que doa a vida às suas criaturas, emanando as inspirações primarias que se propagam em estímulos em uma espécie de cadeia descendente, gerando oportunidade e inspiração para que cada ser acrescente a ela sua própria experiência.
Os seres que estão mais próximos do cume recebem essa essência mais pura decodificando-a na diversidade de seres em raios hierárquicos fazendo assim a energia descender e se multiplicar.
Vivemos a nossa vida particular, mas ao mesmo tempo somos veículos da grande corrente hierárquica das muitas vidas que fazem parte de nossa cadeia.
Abaixo de nós estarão aqueles a quem cativamos e acima de nós aqueles que cuidam pessoalmente para o sucesso e alegria de nossa vida, para assegurar que a grande corrente seja abundante e infinita.
Espiritualidade é despertar a consciente desta cadeia, abandonando a ideia ridícula de que alguém neste mundo pode viver isolado, e então propagar as boas inspirações colaborando ativamente na grande corrente do Bem.
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