Acordamos todas as manhãs sobre a luz brilhante do sol que ilumina aos poucos a escuridão da noite, revelando a magia das cores, o perfume das flores e a clareza dos riachos. Os caminhos ficam límpidos e brilhantes e podemos levantar e caminhar pela nossa estrada.
Ao entardecer o sol se põe e aos poucos dá lugar a escuridão da noite. A lua então toma o seu lugar trazendo com as sombras da noite doçura para os corações e descanso para as mentes.
Diz a lenda que o sol e a lua são dois amantes que foram condenados por uma feiticeira a jamais se encontrarem. Ele ficou aprisionado no dia e ela, aprisionada na noite. Quando ele está de plantão ela se recolhe e a noite ela brilha enquanto ele se oculta.
Assim, vivemos intercalando entre as sombras do inconsciente e o brilho ofuscante da consciência plena.
De dia fazemos planos, agimos e realizamos, buscamos controlar as coisas e fazer a nossa vontade… Vivenciamos situações alegres ou tristes, obtemos êxito ou não… Descartamos o que não gostamos como detritos indesejáveis e nos agarramos ao que nos agrada…
Mas tudo fica registrado no grande subterrâneo do inconsciente e o sono da consciência cansada como um animal ruminante, traz a tona os detritos para serem reciclados…
A luz do novo dia traz de volta a consciência e do sono da noite fica apenas uma leve pressão que vem dos subterrâneos da mente, influenciando as nossas emoções e decisões…
A medida que a vida consciente se desenrola, absorvemos o que podemos, mas as memórias dos porões não param de crescer e influenciar nossas atitudes.
Mas as visitas ao porão do inconsciente só podem contar com a tênue luz da consciência adormecida, pois o sol da consciência ofuscaria as noites escuras da alma…
Mas segundo a lenda, há um dia, um único e mágico dia em que os amantes podem se encontrar em pleno Céu. São as noites de eclipse… Nestes dias os deuses permitem por alguns instantes que as sombras do luar possam se encontrar com a luz do sol.
Então, a consciência vivência um misto de sono acordado… As imagens do inconsciente iluminadas pela doce luz da noite vem a tona diante do testemunho da consciência semidesperta que pode assim assimilar e reciclar seus detritos.
Este estado de vigília, meio hipnótico e mágico alia um misto de observação e aceitação….
O observador e a coisa observada se reintegram e se reconciliam, e desta união nasce a paz da integridade, a sensação de ser ao mesmo tempo uma pequena partícula e uma gigantesca onda…
Participe desta forte corrente positiva. Clique na imagem abaixo para acessar.
Comentários
Postar um comentário
Gostou do texto?
Comente e compartilhe