Assim como ocorreu no nascimento de
Krishna, em seu nascimento Gautama, o Buda, esteve em contato com os Ashram dos
Arhats, os Santuários dos Sábios, nos Himalaias.
Por ocasião do nascimento de Gautama, sete Homens Sábios vêm ao palácio do rei Sudhodanna e da rainha Kapilavista, pais de Gautama, para saudar o menino Siddharta. De acordo com os textos indianos, esses Homens Sábios vinham de uma região do Himalaia, dando um sentido sagrado àquela visita.
A vida social de Siddharta Gautama começou muito cedo, pois casou-se aos dezesseis anos e teve um filho com essa idade. Treze anos mais tarde ele abandona a família, e se torna um monge errante. A razão, segundo o futuro Buda, é que ele não podia suportar a alegria e prazer de uma vida fácil, depois que se deu conta de estar cercado de um oceano de desgraças.
A grande missão de
Gautama foi voltada para a Índia, com o objetivo de atacar o injusto sistema de
castas e, ao mesmo tempo, oferecer ao mundo uma filosofia cósmica, que seria a
primeira da história.
Como todos os Avatares, foi um revolucionário, desafiando o poder estabelecido e discutindo contra os conceitos que prevaleciam na época.
Do bem deve vir o bem e do mal nascer o mal, dizia o príncipe, que havia renunciado ao trono para buscar a Iluminação.
Quando debaixo de uma figueira selvagem, Gautama recebeu a Iluminação e se tornou Buda, ele transmitiu aos seus seguidores o caminho dos oito preceitos da vida:
uma justa crença,
uma justa vontade,
uma justa palavra,
um justo comportamento,
uma justa ocupação,
um justo esforço,
uma justa contemplação e
uma justa concentração.
Ensinou Buda que, desde que o homem se liberte do desejo, pode atingir a verdadeira libertação, e assim encontrar-se isento da roda de encarnações e ser absorvido pelo Nirvana, a Morada da Paz.
Existe uma lenda
que deixa presumir que Gautama se dirigiu a Shambhala, e desceu na Mansão dos
Mahatmas.
Assim como aconteceu com Krishna, Gautama, o Buda, falou de suas encarnações, dessa forma: "Tomo constantemente formas diferentes e sirvo-me de variadas e inúmeros métodos para salvar o infortunado".
Os escritos budistas falam que, de tempos em tempos, vem ao mundo um Buda, cheio de sabedoria e de bondade, um mestre para os deuses e para os homens. O próprio Buda predisse o nascimento de um futuro Buda, que se chamaria Maitreya. Quando, onde e como, ninguém sabe, e ele não disse.
Texto Extraído do Semanário "Curso de Ocultismo", do Mestre Gilberto Gonçalves
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O que chama atenção neste texto é a forma como os oito preceitos são abordados, como um guia de comportamento para desenvolver a capacidade de ver a dualidade.
O que significa “Justo” ?
Podemos pensar em algo que fica próximo a dois extremos, cuja distancia é muito próxima e quase se tocam, mas não se tocam.
Seria então o tal caminho do meio
?
E o que seriam estes dois extremos ?
A justiça então seria o exercício
perfeito deste equilíbrio de duas forças opostas.
Seria a nossa capacidade de ver e atender simultaneamente ambas as necessidades opostas como se fossem parte de uma única realidade indivisível.
E cada um dos oito preceitos mostra um comportamento necessário para alcançar o pleno equilíbrio interior e equilíbrio perante o mundo.
E quem está no centro destes dois extremos se comporta então como o fiel da balança.
E se pode ver simultaneamente os dois
extremos é porque enxerga além das aparências e distingue o falso do Verdadeiro.
Isso nos lembra tambem os 7 principios Hermeticos do Caibalion que relaciona os opostos como meis verdades de um todo indivisivel.
É neste ponto que os conflitos e comtrariedades se tornam nossos aliados pois iluminam a realidade oposta e nos permitem ver além dos nossos limites.
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